O SOM NOSSO DE CADA DIA (47)
KING DIAMOND (DEN/SWE/USA)
"ABIGAIL" (1987)

Após o então fim de sua
banda, Mercyful Fate, o mestre das
trevas reuniu uma turma de gênios para formar a sua banda solo. Além do baixista
Timi Hansen e do guitarrista Michael Denner, companheiros de MF, recrutou o
endiabrado guitarrista sueco Andy LaRocque e o monstro das baquetas Mickey Dee
(que mais tarde se juntaria ao Motorhead) e estava formada a King Diamond Band,
ou simplesmente KING DIAMOND. Neste mesmo ano, 1985, a banda lançaria uma
demo e um single para a música No Presents for Christmas. No ano seguinte
gravaria o debut, o ótimo Fatal Portrait. Já no ano seguinte viria aquele que é
considerado por muitos a grande obra de sua banda solo, o disco Abigail. Um
clássico do Metal do inferno, Abigail é um disco conceitual, a narrativa de uma
história de horror, gênero literário que King adotou para essa sua nova
empreitada, diferente dos tempos de MF, onde a temática se restringia ao puro
satanismo. Outra diferença seria a parte musical, com teclados e climas
macabros, narrações, introduções sinistras e demais elementos que ele
utilizaria para complementar o lado instrumental convencional, com finalidade
de criar o ambiente para suas histórias macabras. No mais, sua voz é a mesma, e
graças ao gramunhão que é. King é um dos melhores vocalistas de todos os
tempos, com um repertório incrível na sua garganta, variando de notas
altíssimas às mais baixas, em vários tons, em vários falsetes. Na arte de
cantar, King sempre foi mestre. Abigail, falando em introduções sinistras, já
abre com uma delas, Funeral, muito bem feita, criando o tal clima que empolga o
inicio da audição, emendada pela clássica Arrival, belíssima música. E o play
segue recheado de clássicos. Melhor dizendo, o play todo é clássico. Após a
excelente A Mansion in the darkness, vem o, provável, maior clássico do disco,
The Family Ghost, essa música é de arrepiar, com direito a vídeo clip e tudo
mais. E como toca esse tal de LaRocque. The 7th day of July 1777 começa acústica, cheia de
clima e logo o bixo pega também, descambando para um Metal da mais altíssima
qualidade. Uma obra prima a parte. O lado B começa com a matadora Omens e
continua com a também excelente The
Possession. Enfim, outro clássicaço, a faixa titulo, de uma criatividade
para composição que é digna do talento do Mestre das Trevas, e, que fase tava o
cara, cantando muito. Pra fechar, mais uma excelente faixa, Black Horsemen, e o
gosto de quero mais... é um play fantástico, como toda obra de King, mas em uma
fase de ouro, tanto na composição quanto na execução. Um disco que conta uma
história virou um disco que entrou pra história. Um clássico absoluto, um play
inquestionável e de uma musicalidade incrível e única. Simplesmente...
perfeito.
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