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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 29/12/14 - WILD DOGS

O SOM NOSSO DE CADA DIA (39)
WILD DOGS (USA)
“REIGN OF TERROR” (1983)



Oriunda da safra de excelentes bandas de Power Metal estadunidenses da década de 80, a banda Wild Dogs foi fundada em 1981, na cidade de Oregon, Portland. No mesmo ano lançam sua primeira demo, intitulada demo´81.  Em 1983 participariam da coletânea US Metal IV, com a música Burning Rain e  lançariam seu debut, Wild Dogs, um clássico do estilo. Mudanças de line-up sempre foram uma constante na banda, que durou até 2013 e encerrou as atividades. Nesse álbum o line-up era composto por Matthew Mccourt Kurth no vocal, Danny Kurth (falecido recentemente) no baixo, Jeff Mark na guitarra e Deen Castronovo na batera. O som apresentado aqui é um Heavy/Power Metal de altíssima qualidade, com batera de excelente técnica e pegada, baixo preciso, ótimos riffs e solos de guitarra e vocal simples e na maior parte do tempo limpo e sem muitas variações, mas que se encaixa perfeitamente ao som e soa muito agradável de se ouvir. O som aqui se assemelha com muitas das bandas da NWOBHM, tanto que se eles tivessem montado a banda no Reino Unido, seria com certeza um dos grandes nomes do movimento que lá aconteceu. O play já começa com a maravilhosa Lifes just a game e seus refrões pegajosos, uma musica extremamente empolgante. Segue a também empolgante Tonight the show, com Mark se monstrando um monstro na guitarra, o vocal de Matt perfeito e a dupla de cozinha segurando a bronca com maestria, principalmente a então jovem promessa das baquetas, Castronovo (substituindo o segundo batera, Jaime St. James, que fora pra banda Black n Blue assumir os vocais, banda que levou também o primeiro baterista, Peter Holmes, mas pra tocar batera mesmo – quando St.James deixou o Bn´B e veio pro WD, Peter fez o caminho inverso, as bandas simplesmente trocaram entre si de bateras e, mais tarde St.James retornaria pra assumir o vocal). The Evil in Me segue o play, bem tradicionalzona e com refrão marcante e uma das melhores performances de Mr. Matt. A cozinha faz abertura para outro clássico da banda, Born to Rock, com seus riffs matadores e mais um refrão pegajoso, isso já tava virando marca da banda. Mais uma vez roubando a cena, excelentes solos de Mark. Born to Rock fora incluída na época em uma coletânea de uma rádio local, o que fez aumentar ainda mais a popularidade da banda na sua região. Em Never Gonna Stop a banda mantém o pique e não deixa a peteca cair, uma excelente faixa, mesclando partes mais pesadas e rápidas com partes bem viajadonas e mais uma vez uma aula de guitarra a cargo de Jeff Mark. A rapidona Two Wrongs vem destruindo tudo que vem pela frente e Take another Prisoner segue na linha mais tradicional da banda, após mais uma pequena lição de Mark de como apavorar nas seis cordas. I need Love apresenta mais um refrão grudento e falar da guitarra já ta ficando chato e repetitivo, o cara é um monstro mesmo. Pra fechar o play, ou melhor, a obra prima, You cant Escape your Lies e seus riffs destruidores e cozinha perfeita e mais um excelente trabalho vocal. No final o que nos resta é aquela vontade filhadaputa de mandar o dedo no botão ‘Repeat’ e mandar ver tudo denovo. Mas tenho uma sugestão melhor: Mans best friend, o segundo play da banda, excelente para emendar logo ao fim desses, inclusive foi lançada uma versão que contém os dois primeiros na integra e, vou além, se puder já coloca o terceiro ai também, Reign of Terror, outra obra prima, já com Michael Furlong e sua voz mais rasgada e agressiva e, no mais, as mesmas características que fazem do Wild Dogs uma das melhores bandas do Metal oitentista. Foram esses os 3 petardos que a banda lançou na década de 80 (além de duas demos) e só viriam a lançar um full play de estúdio novamente em 2004. Uma banda do mais alto nível de qualidade e do mais baixo nível de reconhecimento, é a velha história se repetindo. Porém é uma banda que, qualquer fã de Heavy Metal de bom gosto, ao ouvir já irá coloca-la entre suas preferidas. Claro que é subjetivo, muitos não irão gostar, mas a possibilidade de você ouvir isso e virar fã da banda é enorme. Solte os cães selvagens... e hora do Metal.


 Download (discografia quase completa) - 8 cds:

http://uloz.to/hledej?q=WILD+DOGS+WILD+DOGS+1983
Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=KWBPQh84AM8

O SOM NOSSO DE CADA DIA 28/12/14 - BANZAI

O SOM NOSSO DE CADA DIA (38)
BANZAI (ESP)
“BANZAI” (1983)



Peso e melodia nas medidas certas, musicas cadenciadas e muito empolgantes com belas melodias em seus solos de guitarra, vocal simples mas bem executado e cantado em espanhol, esses são os ingredientes do debut dessa ótima banda de Hard/Heavy espanhola chamada Banzai. Fundada em 1981, a banda seguiu em atividade até o ano de 1985, voltando em 1987 para um concerto apenas e, mais tarde em 2010 retomando as atividades. A banda teve diversas formações e trocas de músicos e sempre girou em torno de seu fundador, o guitarrista Salvador Dominguez, que já havia participado de outras bandas, entre elas Los Canarios e Los Pekenikes, na década de 70. No começo da década de 80, resolveu formar sua própria banda, Banzai. A primeira formação teve Salvador na guitarra, Jimmy Reitz na voz, Juan C.R. Snoopy nos teclados, Jose Valetim no baixo e Enrique Ballesteros na batera. Em 1983 a banda passa por uma reformulação, sobrando apenas o guitarrista e o tecladista da primeira formação. Entram o vocalista Chino, o baixista Carlos Tibu e o batera Larry Martin. Com essa formação gravam o debut, auto intitulado, neste mesmo ano. A banda fez um relativo sucesso em seu país, chegando a fazer vários concertos, entre eles o Mazarock 1983, já com outro vocalista e outro batera, já que mudanças eram constantes na banda. Quanto ao som, o debut é composto por 9 faixas, que apresenta o Hard Rock típico da época com pitadas de um Heavy bem cadenciado e cheio de melodia. A cozinha é reta mas muito eficiente, o teclado é muito bem encaixado, não tornando o som chato , artificial ou muito carregado, o vocal quase não tem variações mas é bem feito e de fácil compreensão e a guitarra de Salvador é simples, sem muita fritação ou firula, com bases muito bem boladas e com muito feeling e solos com melodias muito lindas. O play é composto pelas faixas: a pesada Introducción/voy a tu cidad, que abre o disco de forma magnífica e Salvador inspiradíssimo, a empolgante Siempre quieres más, a balada Tu Real Salvador, com belo solo e trampos de backing vocais, as faixa Heróes e Coche rápido em la noche, outras mais pesadonas, No te Enganches e seu belo trampo de teclado, muito bem encaixado na musica, as cadenciadas e empolgantes Rock Duro e Funciona Legal e a balada Amigo. Um excelente play de um Hard Rock oitentista muito bem feito. Se você gosta do estilo, vale muito a pena conferir.


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sábado, 27 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 27/12/14 - EXCITER

O SOM NOSSO DE CADA DIA (37)
EXCITER (CAN)
“LONG LIVE THE LOUD” (1985)



A banda canadense Exciter, uma das precursoras do Speed Metal, foi fundada em 1978, quando o guitarrista John Ricci, descontente com a banda que havia montado no ano anterior, Hell Razor, resolveu convidar o baterista e vocalista Dan Beehler e o baixista Alan Johnson, vindos da banda Jet Black, para integrarem sua nova empreitada. Porém, decidiram continuar como Hell Razor, até que em 1980 a banda resolveu mudar o nome para Exciter, em homenagem a música de abertura do play Stained Class, do Judas Priest. Em 1982 lançam seu primeiro registro, a demo World War III, e mandam uma cópia para a Shrapnel Records, que incluem uma de suas músicas na coletânea US Metal vol.II. Logo após, fecham um contrato com a mesma gravadora e partem para as gravações de seu primeiro álbum, Heavy Metal Maniac, lançado em 1983. Apesar de hoje ser considerado uma obra prima do Metal e por muitos o melhor da banda, a repercursão não foi tão grande quanto o seu valor. No ano seguinte assinam um contrato com a Megaforce Recs. e gravam sua segunda obra, Violence and Force, onde começam a ganhar mais destaque, abrindo show para o Anthrax e participando da turnê norte americana do Mercyful Fate. O som destruidor do trio começava a repercutir no underground com maior força, e logo estaria expandindo fronteiras e abrindo portas para a banda. E uma dessas portas que se abriu foi a possibilidade de irem a Londres (ENG) para gravar o terceiro petardo, Long Live the Loud, pela gravadora Music for Nations. Isso feito, partem com o Accept em sua turnê européia e, logo depois, com o Motorhead e Megadeth, fazendo show nos Estados Unidos. Enfim, o nome do Exciter estava cravado com força no Metal, era impossível aquele som destruidor passar batido, onde chegavam acarretavam mais e mais fãs, fazendo shows inesquecíveis e por muitas vezes roubando a cena, mesmo sendo a simples ‘banda de abertura’. Quanto ao álbum, Long Live the Loud, a principio desagradou alguns fãs mais extremistas, já que o som dos dois primeiros era mais seco, direto e cru, com muita proximidade do Thrash Metal, e em Long Live The Loud, a banda apresentava um som um pouco mais complexo e com uma maior carga de melodia em suas canções e maior influência do Metal mais tradicional. Continuavam pesados, rápidos e destruidores, mas muitos estavam desconfiados que eles estariam num caminho errado, “amaciando” o seu som.  Pura besteira. Long Live é um disco da mais pura perfeição. Abre com Fall out, uma das mais incríveis introduções de discos que já ouvi na minha vida, cria um clima espetacular para a destruição da faixa titulo e seus fortes e poderosos refrões. O som continua destruidor e o vocal agudo e gritado de Beehler continua em plena forma, impossível não ficar impressionado como aquele animal conseguia destruir a bateria e cantar daquele jeito ao mesmo tempo, era mesmo um pulmão de aço com uma garganta de ouro. Começam os riffs arrasadores de Ricci e o prenuncio de mais uma destruição, I Am the Beast ( e quem duvida? ), mais retona, com refrão bem grudento e Beehler apavorando nas notas altas... Destaque também pra o solo de guitarras de Ricci, perfeito. O começo carregadão de Victims of Sacrifice nos induz a achar que eles estariam pisando no freio, mas logo o bixo pega denovo, com Beehler e sua interminável garganta gritando muito, além de continuar espancando a bateria com toda sua fúria, a guitarra perfeita de Ricci e o baixo de Johnson muito bem executado e se destacando muito. Mais uma introdução, agora mais breve, e a banda entra novamente destruindo tudo com a clássica Beyond the Gates of Doom, um pouco mais cadenciada, mas igualmente destruidora. Outro detalhe interessante, são os refrões das músicas, geralmente bem empolgantes, com letras curtas e de fácil assimilação, impossível não ficar ali gritando junto, e nessa música isso fica bem claro, assim como na próxima, Sudden Impact e sua pegada bem Power Metal. Born to die e sua melodia cativante é a próxima do play, outra bem embasada no Metal Tradicional, mais cadenciada e com uma facilidade tremenda de grudar na mente e não sair mais (deixe lá, nem precisa sair...). Para fechar, outra musica sensacional, toda lentona e cheia de clima, com belas melodias e a melhor participação de Beehler no vocal, uma musica extremamente viajante, Wake up Screaming (impossível não acordar e gritar numa hora dessas...). Uma música épica para fechar com chave de ouro um disco que merece todos os elogios do mundo, uma obra prima do Metal em seu mais puro e genuíno estado de composição e execução, por um trio que estava muito bem afiado, inspirado e sabendo o que queriam... Sem mais a dizer, apenas.... LONG LIVE THE LOUD!!!

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 26/12/14 - SEPULTURA

O SOM NOSSO DE CADA DIA (36)
SEPULTURA (BRA)
“ARISE” (1991)




Formada em 1984 pelos irmãos Cavalera, Max na guitarra e Igor na batera, além de Wagner Lamounier (guitarra e voz) e, logo vindo juntar-se a eles o baixista Paulo Jr, o Sepultura foi um dos precursores do Metal Extremo nacional. Porém, Wagner logo sairia da banda pra montar o Sarcófago. Max assumiria o vocal e para a segunda guitarra entraria Jairo Guedez. Com essa formação lançam em 1985 o álbum Bestial Devastation, em formato split, dividido com a banda Overdose em seu também debut Séc.XX (mais tarde, em 1990, Bestial Devastation seria relançado sem a parceria, no formato de EP). No ano seguinte lançariam o play Morbid Visions, outro excelente álbum, o ultimo dessa formação onde a banda fazia um som mais puxado para o Death Metal. Já em Schizophrenia, cultuado por muitos como a maior obra prima da banda, a sonoridade estava bem mais puxando pro Thrash Metal convencional, com uma produção e gravação melhores que as dos álbuns anteriores e a entrada de Andreas Kisser, substituindo Jairo. O próximo passo seria o álbum Beneath the remais, onde a banda estava realmente incorporando seu som mais característico, com destaque para os hinos Mass hypnosis, Inner self e a faixa titulo, fodidaça. Esse álbum também foi uma transição, do som que haviam feito no anterior, para o som que fariam no posterior. Arise foi lançado em 1991 e o Sepultura estava ganhando o mundo. Um peso extremo, riffs muito bem elaborados, Max cantando muito, e a cozinha destruindo tudo que vinha pela frente, principalmente no que se refere a bateria, Igor nessa época já figurava entre os grandes nomes do estilo. O que fez alguns fãs torcerem o nariz para Arise (bem como para o Beneath...) é que a banda tinha desacelerado um pouco o andamento de suas musicas, particularmente acho que isso não influenciou muito na qualidade, e por outro lado, a banda ganhava muito em peso. Faixas como Dead Embrionic Cells, Meaningless Movements e a faixa titulo logo tornaram-se clássicos obrigatórios em shows da banda, assim como o cover para Orgasmatron, do Motorhead. E, falando em shows, em nessa época fizeram uma apresentação memorável em Barcelona (ESP), onde a banda demonstrava que estava muito afiada e com um poder de fogo absurdo. Outro show que marcou época foi a apresentação na segunda edição do Rock In Rio, ao lado de Judas Priest, Megadeth, Queensryche e Guns n´roses. A banda excursionava pelo mundo e Arise logo tornou-se um clássico mundial do Thrash Metal e ajudou a abrir portas para as bandas brasileiras seguirem o mesmo caminho. Após Arise a banda começou a seu declínio, com muitas experimentações, inclusão de elementos não característicos do Metal e mudanças significantes no line-up. Coincidentemente, ou não, outras bandas que eram os figurões do Thrash Metal na época também tiveram seus declínios nesse período, como Slayer, Kreator, Metallica e vários outros. Algumas dessas bandas conseguiram retomar sua sonoridade perdida, outras estão até hoje tentando e algumas nem fazem questão. Porém, até hoje, Sepultura é referência lá fora no que se diz respeito ao Metal made in Brazil. Goste ou não, Sepultura foi uma das principais bandas a divulgar nosso Metal lá fora e isso é de merecer com certeza nosso respeito e agradecimento, mesmo que depois tenham nos desagradado com seus sons mais novos, bom, pelo menos aos que esperavam que mantivessem aquilo. Muitos gostam dos plays posteriores, afinal, gosto é gosto e respeito isso, mas pra mim, a fase do ouro da banda morreu no Arise.

Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=LVQSwqR_DEE
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http://uloz.to/xViWToYt/sepultura-arise-by95-rar#download

O SOM NOSSO DE CADA DIA 25/12/14 - GRIM REAPER

O SOM NOSSO DE CADA DIA (35)
GRIM REAPER (ENG)
"SEE YOU IN HELL" (1983)



Heavy Metal tradicional de excelente qualidade, riffs bem característicos do estilo, cozinha de peso e alta competência, vocal agudo e por muitas vezes gritado... Esses ingredientes já fizeram muitas bandas de destacarem no Metal e essa teria tudo para ser mais uma delas, porém o reconhecimento que tiveram não foi a altura do merecido, mas isso é normal no que ser refere ao nosso gênero musical. Para cada Iron Maiden, Ac/dc, Black Sabbath ou Judas Priest, que fizeram sucesso, existem centenas de bandas que não tiveram a mesma conquista. E essa banda teve um destaque maior com a chegada da internet, onde a divulgação se tornou mais rápida e eficiente e hoje a maioria conhece a banda, porém em seus momentos de auge, não era bem assim, apesar da extrema qualidade do som que faziam e terem feito um relativo sucesso na sua terra natal, Inglaterra, e nos Estados Unidos. Esse é o Grim Reaper. Fundado em 1979, pelo guitarrista Nick Bowcott, a banda ganha um concurso ( The Battle of the Bands) contra outras 99 bandas, no começo de 1980 e a oportunidade de gravarem uma demo. Em 1981 é lançada Bleed N’Dry, a tape que é o primeiro registro do Ceifador. Em sua formação, além de Nick, estavam o vocalista Paul DeMercado, o baixista Dave Wanklin e o batera Adrian Jacques. No ano seguinte partiram para as gravações de mais uma demo, For Demonstration Only, já com seu vocalista mais clássico, Steve Grimmett e com o batera Lee Harris. No ano seguinte partiram para mais uma gravação, agora de seu debut, See you in Hell. No mesmo ano o disco é lançado na Inglaterra, porém só seria lançado nos Estados Unidos, o grande mercado da época, em 1984. Logo o disco começou a chamar atenção do publico do Metal, principalmente pela faixa titulo e seu videoclip. Porém, o disco era recheado de grandes faixas, ou melhor, o disco todo é excelente, não tem faixa a ser pulada. Muitas das músicas foram tiradas de suas demos e regravadas. Todas as faixas são muito boas, mas vou destacar algumas de minha preferência, que, além da faixa titulo, são a Wrath of the Reaper (na minha opinião a melhor), Dead on arrival e All Hell let loose. Completam as também excelentes Liar, Now or Never, Run for your life e a balada The show must go on. Após esse play ainda lançariam mais 2, Fear no Evil (85) e Rock you to Hell (87), onde conseguiram manter o nivel de qualidade, porém See you in Hell sempre será o grande disco dos caras e principal referencia quando se fala em Grim Reaper. Em 1987 a banda participa da turnê Hell on Wheels, ao lado do Armored Saint e Helloween. Porém, a banda em crescimento, o sucesso chegando e, em 1988, a banda encerra atividade. Voltaria em 2006 e está na ativa até hoje, somente fazendo shows, porém da formação clássica está apenas Steve, completando o time os músicos de sua banda solo. Por motivos judiciais, sem o fundador da banda, hoje usam o nome Steve Grimmett´s Grim Reaper, mas tocam as músicas da banda e alguns covers e a “voz do ceifador” está lá presente, então, que, nomes a parte, seja o Grim Reaper, que está rodando pelo mundo e ceifando mais ouvintes para o universo do Metal. Longa vida ao Ceifador.

Download discografia (3cds):
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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 24/12/2014 - PHANTOM BLUE

O SOM NOSSO DE CADA DIA (34)
PHANTOM BLUE (USA)
“PHANTOM BLUE” (1989)



No final da década de 80, nos Estados Unidos, estava em alta o Glam/Hard que logo após assolaria o mundo, principalmente na tela da MTV. Nessa época despontavam muitas bandas no cenário, incluindo essa, formada só por garotas e fazendo um Hard/Metal de excelente qualidade. A banda Phantom Blue foi fundada em 1987, e tinha em sua formação a excelente vocalista Gigi Hangach, as guitarristas Michelle Meldrum (ex-guitarrista da Wargod, teve sua banda solo, Meldrum, foi casada com o guitarrista do Europe, John Norum, e faleceu em 2008, vitima de câncer no cérebro) e Nicole Couch, a baixista Debra Armstrong, logo substituida por Kim Nielsen e a batera Linda McDonald (que encabeça a banda The Iron Maidens, tributo ao Iron Maiden, composta só por garotas também). O som, é uma mescla perfeita de Heavy Metal e Hard Rock, numa medida bem balanceada, não caindo demais nem pra um lado, nem pra outro. Já começa com a destruição chamada Going Mad, uma pérola do estilo, bem rapidona e furiosa, seguida pela ótima e mais cadenciada Last Shot, onde Gigi canta com uma vontade de fazer inveja a muito marmanjo vocalista. A terceira faixa é a balada  Why Call it love, bem carregadona, muito linda essa música. E logo volta o peso e todo o vigor da banda em mais alguns clássicos, Frantic Zone, Slow it down e Walking away, todas muito empolgantes. Ai, enfim, chegamos numa musica que, na minha opinião, é uma das melhores composições da banda, Fough it out, bem cadenciada, com ritmo contagiante e Gigi cantando muito, além das belas melodias que vem dos solos de guitarra. A seguinte, Never too Late, é outra mais cadenciada e bem grudenta. Fechando o play, mais outro clássico, Out of Control, outra musica extremamente viciante, pesadona e deixando no final aquele gostinho de ‘quero mais’.. Um disco muito bom mesmo, obra de arte dessas meninas estadunidenses, que ainda viriam a lançar outros álbuns, com outros line-ups e outras histórias pra serem contadas, porém, nada a altura do que fizeram nessa preciosidade. Cozinha precisa, uma dupla de guitarristas que manjam do que tão fazendo e uma vocalista que esbanja talento e consegue passar uma carga emotiva muito forte com sua voz, hora limpa, hora levemente rouca e rasgada, mas sempre muito bem na execução, estando a altura de vocalistas consagradas como Leather Leone e Doro. Não vou entrar em mérito de quem é a melhor, todas são excelentes, mas se comparar com as outras que citei, mesmo tendo uma carreira mais curta e menos prestigio no cenário do Rock, Gigi não fica atrás de ninguém. Eu, particularmente, curto muito a voz da Leather e da Doro, mas Gigi sempre será minha preferida. Curiosidade: o disco é co-produzido por Marty Friedman (Megadeth).

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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 23/12/14 - ABRAXAS

O SOM NOSSO DE CADA DIA (33)
ABRAXAS (GER)
SHATTERED BY A TERRIBLE PREDICTION (1989)


Tá ai uma banda oriunda dos mais escuros porões do underground germânico. Em outras décadas, antes da era digital e os avanços da internet, muitas bandas ficavam no underground por terem dificuldade de divulgarem seus trabalhos. De alguns anos pra cá, essas bandas saíram da moita, graça aos escavadores metálicos online, muitas passaram a ser conhecidas no mundo todo, mesmo que, antes tarde do que nunca. Porém, mesmo nessa era onde a informação voa rapidamente, algumas bandas parecem que, ou insistem em continuar lá, ou tiveram o azar de ainda não terem caído no conhecimento da maioria. Hoje em dia, pra maioria dos Rockers e Bangers que existem por ai, se perguntar se conhecem essa banda, vão falar que nunca ouviram esse nome, e olha que tem 7 bandas com esse mesmo nome... E esse tesouro alemão que estou falando é a banda Abraxas. Formada em 1985, só lançaram esse seu debut, Shattered by a terrible prediction, no ano de 1989. Depois ainda lançaram 2 demos, em 1990 e 1991, e dois álbuns, The Liaison (93) e Tomorrow´s World (98). E o play em questão, Shattered by a terrible prediction, pode se facilmente considerar como uma das grandes obras metálicas alemãs da década de 80. Com um Power Metal viscoso, com levadas de puro Speed, muito bem trabalhado e bem calcado no Metalzão tradicional made in Germany, é um trampo de extrema criatividade e bom gosto. Riffs destruidores com um acompanhamento de igual poder de fogo por parte da cozinha, mesclando parte rápidas e outras nem tanto, ótimos vocais com direito a coros muito bem feitos, peso na medida certa, solos compostos em cima de belas melodias, efeitos sonoros... São tantos ingrediente nessa obra única que nos faz concluir que, mesmo tendo sonoridade similar a outras bandas do estilo, sempre soam originais, com suas próprias características. São só 4 faixas, mas são 4 faixas de um primor esplendido. Ouça a pura destruição de Key of Destiny, uma paulada, mas uma paulada com classe...e que belo refrão. A fúria de When the Time Has Come também é notável, assim como na também excelente Taken from the Past. Agora, quer escutar a musica mais perfeita deles, o hino máximo do Abraxas, ele se chama The Chose Ones... Uma mistura de peso e melodia como poucas vezes ouvimos no Metal, tudo bem encaixado e na medida certa, se um dia eles resolveram usar o potencial máximo que poderiam chegar, foi quando compuseram essa maravilha. O line-up era composto por Joachim Hittinger (voz), Oliver Mindner (guitarra), Jan Müller (baixo) e Heiko Burst (batera). Se você gosta desse tipo de som e não conhece esse EP, corra e baixe isso logo, depois é só deliciar-se com essa beleza de musica. Se você curte Metal tradicional, Power Metal oitentista e Speed Metal do inferno, ta esperando o que? Vai logo baixar essa desgraça...



segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 22/12/14 - AVENGER (RAGE)

O SOM NOSSO DE CADA DIA (32)
AVENGER/RAGE (GER)
"PRAYERS OF STEEL" (1984)



Formada em 1983, a banda Avenger tinha em sua formação o baixista e vocalista Peter “Peavy” Wagner, os guitarristas Jochen Schröder e Alf Meyerratken, além do batera Jörg Michael. Com essa formação lançaram 3 demos nesse mesmo ano. Já em 1984 lançam o fabuloso álbum de estréia, Prayers of Steel, uma pérola do Power/Speed  Metal germânico. Prayer of Steel trazia um som poderoso, agressivo e destruidor, típico das bandas da mesma linhagem que surgiram nessa época, como Running Wild e Grave Digger. O play já começa com a destrutiva Battlefield, que já se mostra um excelente cartão de visitas da banda. A seguinte, Southcross Union, mostra um Metalzão bem tradicional, com riffs simples, cozinha extremamente pesada e um refrão bem pegajoso.
Após uma sinistra introdução, a banda nos presenteia com uma faixa que já nasceu pra ser clássica, a também tradicional Prayers of Steel, música que dá nome ao play. O peso de sempre, solos com excelentes melodias e mais um refrão grudento fazem dessa faixa titulo uma obra prima a parte. A cozinha abre a próxima faixa e logo entra a guitarra com mais riffs do mais puro Heavy Metal Tradicional, a música em questão é nada mais que outra clássica da banda, Halloween. Nesta, outro refrão daquele que você canta junto e depois de horas ele ta ali, ecoando. Dizer que é mais uma com refrão grudento já está ficando redundante, melhor dizermos então, é um disco inteiro grudento. E o vocal de Peavy, mesmo não tendo muitas variações, é sempre muito bem executado, levemente rasgado, mas de fácil compreensão e assimilação.  E o que vem a seguir é, na minha opinião, a melhor faixa do play, senão a melhor da banda. O lado mais Speed da banda se mostra presente nesse hino chamado Faster than Hell, música que dava titulo a 3ªdemo, lançada no ano anterior. É daquelas músicas que arrepiam a cada execução. Adoration é outra musica que arrebenta tudo que vem pela frente, onde a banda abusa do peso e a bateria seca da um clima a mais de destruição, perfeitamente encaixada com excelentes riffs e o vocal mais agressivos, com Peavy arriscando uns gritos mais agudos, assim como na próxima, a cadenciada Rise of the Creature. Outra faixa fadada a hino da banda, Sword Made of Steel é a próxima da seqüência, onde a banda mescla partes com excelentes riffs e partes onde a guitarra para e a cozinha segura a destruição, sobrepondo o vocal que canta mais um daqueles refrões grudentos, agora com Peavy forçando mais a voz em notas um pouco mais altas. Destaque também pros excelentes solos de guitarra.  Outra música mais retona, porém bem empolgante é Bloodlust, onde os vocais ganham maiores variações. Mais uma vez há de se destacar o solo de guitarra, brilhante. Pra fechar o álbum, a introdução de Assorted by Satan cria o clima perfeito para a entrada triunfante e destruidora de mais uma paulada na orelha, rápida e mortal. Assim como Faster than Hell, tem um andamento bem Speed Metal e mais uma vez a banda apavorando nos solos de guitarra. Um disco excelente, clássico, fodaço, uma simples obra de arte do Metal alemão. A banda ainda lançaria o Ep Depraved to Black no ano seguinte, seria o último registro da banda Avenger. Ai você poderia me perguntar: foi mais uma banda que lançou pouco material, durou pouco tempo e morreu no limbo do esquecimento? Definitivamente, não! Por questões judiciais, já que havia outra banda homônima na Inglaterra, o que fez com que a banda adotasse outro nome, mas continuou na ativa e até os dias atuais continua fazendo seu som, porém a maioria conhece pelo seu segundo e mais famoso nome...RAGE!

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O SOM NOSSO DE CADA DIA 21/12/14 - AZUL LIMÃO

O SOM NOSSO DE CADA DIA (31)
AZUL LIMÃO (BRA)
"VINGANÇA" (1986)



A banda carioca Azul Limão é hoje um dos nomes sagrados do cenário nacional, uma de tantas bandas que figuraram no cenário underground brasileiro dos anos 80. Formada em 1981, a banda foi lançar a sua primeira demo (1st Demo) somente em 1983, mesmo ano que sairia sua segunda tape (2nd Demo). A próxima, 3rd Demo, viria um ano mais tarde. Em 1986 estava saindo mais uma demo, Vingança – Promo e finalmente estariam lançando seu debut, Vingança, um clássico absoluto do Metal brazuca. Com sua clássica formação, com o vocalista Rodrigo Esteves, o guitarrista Marcos Dantas, o baixista Vinícius Mathias e a batera a cargo de Ricardo Martins, a banda estava cravando definitivamente o seu nome no cenário local e logo no nacional. Apresentando um Heavy tradicional de excelente qualidade, cantado em português, hora com voz limpa e tons medianos, hora gritado em notas altas, não tinha como não se destacarem como uma banda, no mínimo, diferenciada. O play começa com a breve instrumental e já entra o clássico Portas da Imaginação, capaz de conquistar (ou não) o ouvinte logo de cara. Na seqüência, o maior clássico da banda, Satã clama Metal, impossível não ficar cantando essa música tanto na hora que ela está rodando, bem como nas diversas vezes que ela volta a mente, e como volta, muitas vezes. Nessa música, Rodrigo apavora em seus gritos agudos, um show a parte.  A cavalgadona A sangue frio vem pra engrandecer ainda mais a obra, com destaque para a instigante letra, o belo solo que emenda um coro vocal brilhante e termina com Rodrigo forçando ainda mais o vocal em notas mais altas. Fora da lei já mostra uma cara mais Speed Metal da banda, e mais uma vez a voz de Rodrigo soa algo entre o estridente e o devastador. Mais cadenciada, mas de uma qualidade de composição absurda, a música Não vou mais falar também tem destaque e outra vez a letra é muito bem escrita, embora curta, é cheia de significado. Falando em letra, destaque também pra próxima, O Grito, com instrumental a altura, mais uma bela composição. Para fechar, a que leva o nome do disco, não poderia estar abaixo das demais, é outra de uma pegada bem brutal e ritmo acelerado. Enfim, com esse seu incrível registro, a banda estava consolidada entre os grandes nomes do Metal brasileiro, chegou a gravar mais um disco, Ordem e Progresso, em 1987 e encerram as atividades. Eles ainda voltariam algumas vezes (1993-1995-2006 e 2007) para algumas apresentações ao vivo e em 2013 a banda volta a ativa, lançando um novo disco, Regras do Jogo, já com uma sonoridade diferenciada. Lançaram também duas coletâneas, em 2001, Amazonas e Pegazus, ambas com musicas de suas demos. Essa é mais uma banda clássica do nosso país, porém nunca tiveram o reconhecimento que mereciam por parte da grande mídia, mas terão o eterno reconhecimento dos Headbangers por seus feitos, em especial essa obra prima chamada Vingança.


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sábado, 20 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 20/12/14 - DESTRUCTION

O SOM NOSSO DE CADA DIA (30)
DESTRUCTION (GER)
“SENTENCE O F DEATH” (1984)



Enquanto Slayer, Testament, Exodus, Metallica e várias outras bandas da Bay Area estavam moldando o Thrash Metal nos Estados Unidos, uma força sombria das trevas estava ganhando força na Alemanha. Ao lado de Kreator, Sodom e várias outras de Metal Extremo, o Destruction estava destacando-se no cenário alemão, com seu Speed Thrash maldito do inferno. Esse seu primeiro lançamento, o EP Sentence of Death já era uma enorme amostra do que viria pela frente. Abordando temas satânicos logo lhe dariam o rótulo de Black Metal, mas seu som era bem calcado naquilo que depois viria a ser definido como Thrash, com guitarras infernais, cozinha de peso e um vocal extremamente rasgado. Tudo a cargo da formação original e mais clássica da banda, com Schmier (b,v) Mike (g) e Tommy (d). Formada em 1982, sob o nome Knight of Demon, lançaram 3 demos até chegar a esse petardo sensacional da arte do Metal das trevas. Sentence of Death é composto por apenas 6 musicas, sendo que uma delas, a faixa de abertura, Intro, como o nome já diz, faz apenas a introdução para a demoníaca Total Desaster, uma real destruição, já começam moendo com tudo que vem pela frente. E assim segue em todas as faixas, todas excelentes, brutais e do mais alto nível do Thrash Metal. Black mass, Satan´s vengeance e Devil Soldiers fazem jus aos nomes que carregam, são realmente do hell, e fazem ainda mais jus ao nome da banda. Impossível não dilacerar o pescoço com enorme poder de destruição da banda. Porém o destaque vem pra faixa que até hoje muitos consideram o maior clássico da banda, a insuperável Mad Butcher.  “Fire burning in his eyes...” e Metal violento arrebentando os ouvidos, essa faixa é daquelas que arrepiam só de ouvir, clássico absoluto. E se você suportar esses quase 20 minutos de barulheira, já pode se considerar pronto pro próximo capítulo dessa história, o sensacional  primeiro full da banda, Infernal Overkill, de 1985. As portas do inferno estavam abertas e o que viria depois é tão digno quanto esse humilde Ep de ser coroado como obra prima do Thrash Metal made in germany. Muito foda mesmo. E você, está pronto pra tanto barulho?

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https://www.youtube.com/watch?v=rJGzBxjYI_g



sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 19/12/14 - OZZY OSBOURNE

O SOM NOSSO DE CADA DIA (29)
OZZY OSBOURNE (ENG)
"BLIZZARD OF OZZ" (1980)




O que posso dizer de Mr Madman, o véio, lendário e imortal Ozzy Osbourne? Ex-vocalista da banda Black Sabbath, uma das principais precursoras do estilo musical do Rock que mais tarde viria a ser conhecido como Heavy Metal, fez história durante os anos 70 e ajudou a cravar definitivamente o nome da referida banda pra sempre na história como uma das maiores de todos os tempos. Desde a fundação da banda, em 1968, quando se chamava Polka Tulk Blues Band(que no mesmo ano mudaria para Earth, mas como já havia outra banda com esse nome, acabaram por adotar o nome Black Sabbath, em 1969, inspirados em um filme de horror homônimo, de 1963, do renomado diretor italiano Mario Bava), Ozzy esteve presente e nos presenteou com clássicos e mais clássicos. Participou de inúmeros álbuns e foi um dos construtores da marca Black Sabbath, porém, em 1977 ele deixa a banda logo após a morte de seu pai. Ele ainda regressaria pra gravar o disco Never say die! e sairia definitivamente da banda em 1979, substituído pelo ex vocalista do Rainbow, Ronnie James Dio. A popularidade da banda nos últimos álbuns do Black Sabbath estava baixa, muitos torceram o nariz para alguns aparatos tecnológicos e experimentos usados em Technical Ecstasy e Never say die! e Ozzy demitido por estar mais Madman do que nunca, envolvido com álcool e drogas. O Black Sabbath sem Ozzy, o que para muitos era inconcebível na época, seguia em frente, lançava o clássico Heaven and Hell e Dio estava ocupando com honras e méritos o posto deixado por ele. Era a hora de Ozzy dar um fim na decadência e mostrar para o mundo que estava mais vivo do que nunca. Então montou a banda Blizzard of Ozz, recrutando um time de peso. Ozzy convidou o baterista, recém saído do Uriah Heep, Lee Kerslake, o baixista Bob Daisley (ex-Rainbow) e o excepcional guitarrista Randy Rhoads, que pouco tempo depois morreria em um “acidente” de avião durante a turnê do segundo disco, Diary of a Madman (pelo q é relatado, Ozzy, sua mulher e sua equipe estavam em um ônibus, dentro do aeroporto, aguardando seu vôo, quando o piloto do mesmo, que também tinha licença para pilotar avião, convidou Randy e Rachel Youngblood, a maquiladora da banda, para dar uma volta em um pequeno avião e, ao avistar sua ex entrando no ônibus, este decidiu jogar o avião em cima dele. Ninguém se feriu gravemente no ônibus, mas o avião explodiu, matando os 3 passageiros.). Se o Black Sabbath estava retomando o prestigio com o disco Heaven and Hell, demonstrando que não precisava mais de Ozzy, este logo deu a resposta. Mudando o nome da banda simplesmente para Ozzy Osbourne, e deixando o primeiro nome pra titulo do disco, lançou o seu debut, Blizzard of Ozz, um clássico gigantesco, uma das maiores obras do Metal. Se Black Sabbath não precisava de Ozzy, Ozzy também não precisava de Black Sabbath e os fãs, a principio decepcionados, passaram a perceber que, a formação clássica já era, mas em troca, agora tínhamos duas bandas de peso onde antes só existia uma. Blizzard of Ozz traz alguns dos maiores clássicos da banda, como Mr. Crowley (feita para homenagear o bruxo Edward Alexander “Aleister” Crowley), onde Rhoads nos preseteia com um dos mais memoráveis solos da história do Heavy Metal, a clássica Crazy Train (coverizada por inúmeras bandas), a linda Goodbye to Romance, a excelente faixa de abertura I don´t Know e a polêmica Suicide Solution, que lhe renderia alguma dor de cabeça mais tarde, por incitar o suicídio (caso semelhante ao que levou o Judas Priest, outra banda conterrânea de Birmingham, cidade natal do Sabbath e outra pioneira do Heavy Metal, ao tribunal, quando dois jovens se mataram escutando uma de suas músicas). Completam o disco as também ótimas Revelation (Mother Earth) e Steal away (the night), além da curta instrumental Dee. Um álbum clássico, histórico, e de uma importância enorme, foi o disco que permitiu que o velho Ozzy desse a volta por cima e mostrasse para o mundo que, se no Black Sabbath ele era o cara, na sua banda ele era o próprio deus. Por mais que seu trabalho no Sabbath tenha sido fantástico e de uma importância imensurável para a história do Metal, na sua banda solo ele tinha a total liberdade de fazer o que quisesse e do jeito que quisesse, e isso fez com que ele cantasse com mais naturalidade e desenvoltura, visto que tudo era moldado para que ele fosse o centro de tudo, diferente do que era na época do Black Sabbath. E olha que Blizzard of Ozz era só o começo de uma banda com uma trajetória incrível, onde o criador e a criatura se confundem sobre a mesma nomenclatura: Ozzy Osbourne. Parabéns, John Michael Osbourne, por essa brilhante carreira dentro do estilo que defendemos com orgulho e carregamos a bandeira diariamente, a vida toda... o nosso amado Heavy Metal.

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 18/12/14 - CHASTAIN

O SOM NOSSO DE CADA DIA (28)
CHASTAIN (USA)
“MISTERY OF ILLUSION” (1985)



A banda  que carrega o sobrenome de seu líder, o guitarrista David T. Chastain, foi fundada em 1984, nos Estados Unidos. Após enviar várias demos de sua banda, CJSS, para uma gravadora, David enfim ganhou uma chance, já que sua habilidade na guitarra impressionava. Porém, para a gravadora, era só isso que interessava. Então David foi apresentado a vocalista da Rude Girl, Leather Leone (Malibu Barbie, Leather, Sledge Leather) e ao baterista Fred Coury. Com o baixista Mike Skimmerhorn, fecharam o line-up e partiram para a gravação de seu primeiro ato. Pode-se dizer que sim, a banda CHASTAIN foi uma banda formada em estúdio, pois os músicos se juntaram apenas no inicio das gravações. Ainda no mesmo ano sai a primeira obra da banda, a demo (Demo’84). Em 1985, estariam lançando o seu debut, o maravilhoso Mistery of Illusion, um álbum atípico para o que rolava na época. Uma mulher invocada e cheia de atitude no vocal, esbanjando talento com sua voz levemente rasgada e cantando com muita garra e entusiasmo, uma cozinha de peso e um guitarrista que estrapolava os limites da técnica sem soar chato ou ser o centro das atenções. Enquanto, nos anos 70 Jimmy Page, Ace Frehley, Eddie Van Halen e outros monstros eram as grandes sensações da guitarra, nos anos 80 a eterna briga pelo posto de maior guitarrista pelos veículos de comunicação, sempre apontavam Yngwie Malmsteen, Joe Satriani, Steve Vai, entre outros... Concordo que são, tecnicamente, ótimos guitarristas, mas em suas respectivas bandas foram sempre o centro das atenções, com o espetáculo sempre moldado para seus exibicionismos e excentricidades. Já David, um guitarrista tão bom quanto os citados anteriormente, pouco era lembrado. A grande diferença entre David e os demais é o fato de que, mesmo sendo um gênio da guitarra, ele não moldava o seu som e a sua banda para ter a guitarra em destaque evidente, deixando os outros integrantes como meros coadjuvantes. Chastain era uma banda, mesmo sendo montada de forma não convencional e tendo David como seu líder, cada um tinha seu espaço e a união do talento de todos superava qualquer talento individual que pudessem ter. E isso já fica bem claro nesse seu primeiro disco. Mistery of Illusion é um clássico disco de Heavy Metal, onde David mostra sim sua técnica apurada no instrumento, porém não fica o tempo todo fritando nota, ele sabe onde e quando fazer, na medida certa, para que haja um equilíbrio e a banda soe como um todo. Deste disco fabuloso, podemos destacar as faixas Black Knight, a faixa titulo e a fodaça I fear no Evil, porém, o disco todo é uma obra prima. Era o primeiro passo de uma trajetória de uma banda que até hoje não tem o reconhecimento que merece, mas fez o que os fãs merecem... música de extrema qualidade. E isso, se alguém ainda não conhece e dúvida, ouça e tire suas próprias conclusões. Isso é muito, muito bom mesmo.

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 17/12/14 - VENOM

O SOM NOSSO DE CADA DIA (27)
VENOM (ENG)
"BLACK METAL" (1982)



A história do Venom começa quando, em 1978, Jeff Duncan monta a banda Guillotine, um quinteto que tinha grande influência de bandas como Judas Priest, Black Sabbath, Motorhead, Kiss e Led Zeppelin. Eles buscavam juntar algumas características de cada uma dessas bandas e incorpora-las ao seu som, visual e atitude. Além de Jeff, a banda era composta por David Blackman (v), Chris Macpeters (d), Dean Hewitt (b) e D. Rutherford (g). Assim a banda seguiu trabalhando, até que Chris (que decidiu casar-se e deixar a música) e David (aborrecido por terem incendiado o jardim de sua casa durante um ensaio) resolvem sair da banda. Em 1979, durante um show do Judas Priest, Jeff conheceu  os membros da banda Oberon, o baterista Tony Bray e o vocalista Clive Archer, convidando-os a fazer parte da Guillotine. Isso feito, recomeçam o trampo, porém Rutherford também deixa a banda e é substituído por Conrad Lant. Ainda em 1979, decidem por utilizar pseudônimos, então logo Jeff virou MANTAS, Clive virou JESUSCHRIST, Tony passou a ser chamado de ABBADON e Conrad de CRONOS. Além disso, a banda, decidiu mudar também o nome, nascendo então o VENOM. Como Dean acabou deixando a banda também,  foi substituído por Alan Winston, que também não ficou muito tempo. Então passaram a ter apenas um guitarrista, já que Cronos resolve por assumir o posto deixado pelo baixista. Com essa formação gravariam sua primeira fita demo, em 1980. O próximo que deixaria a banda seria o vocalista, e mais uma vez estava lá Cronos para assumir o posto. De segundo guitarrista, Cronos estava no posto de baixista e vocalista, completando o trio ao lado de Mantas e Abbadon. Estava pronto o Venom. Em 1981 lançam o single In league with Satan, seguido pelo debut, Welcome to Hell, uma coletânea com músicas gravadas até então. Já em 1982, lançam mais uma demo, To Hell and Back, um single (Bloodlust) e um vídeo (Live EP). A banda estava a todo vapor, afiada e pronta para lançar o seu segundo play...o clássico Black Metal, o disco que serviu de influência para muitas bandas de Metal extremo que viriam depois, chegando a batizarem um novo estilo de Metal  simplesmente como...Black Metal. A expressão Black Metal, a principio, relacionava bandas que tinham temas satânicos em suas letras, sendo elas de vários estilos e vertentes do Metal, mas como na época não existiam os rótulos exagerados como vieram a surgir no decorrer da década de 80 e Metal era apenas Metal e pronto, muitos começaram a rotular com tal marca toda banda que tratava dessa temática, onde foram incluídos, entre outros, o Mercyful Fate, Running Wild, Hellhammer e o próprio Venom. Diferente da década anterior, o tema era tratado pelas bandas de forma mais direta e explícita, o que gerou grande repercurssão.  Como o Venom foi um dos pioneiros em usar o satanismo explícito nas letras e fazia um som sujo, cru, ríspido, e com várias outras características daquilo que viria a ser definido como Metal Extremo, logo viraram referência.. Mesmo sem terem oficialmente o rótulo de Black Metal, muitas antes do Venom já usavam a temática, mas o rótulo passou a ser utilizado então, não somente para as letras e temas, mas para as bandas que surgiriam depois influenciadas pelo Venom e seu magistroso disco chamado Black Metal. Portanto, devemos saber separar as coisa. Black Metal quanto a letras é uma coisa, Black Metal como estilo no que ser refere a letra e também parte musical é outra. Algumas tinham o Black Metal nas letras, mas um som totalmente diferente, como o já citado Mercyful Fate, que não deixa de ser BM se considerar as letras, mas o som já segue uma linhagem bem diferente das bandas hoje consideradas BM. Após o Venom lançar o play Black Metal, começaram a surgir muitas bandas influenciadas pelo som e letras da banda. Ao contrário de outras bandas que usavam a temática BM e faziam um som diferente, essas seguiram o Venom ao pé da letra, fazendo músicas na mesma linhagem e letras idem. Surgiriam então o Black Metal como um segmento do Metal, assim como o Death Metal, Thrash Metal, Speed Metal e por ai vai. Black Metal tinha deixado de ser uma expressão pra definir bandas com letras satânicas apenas, e passou a ser rótulo para as que, além das letras, seguissem o estilo de som.  É confuso, é controverso e é relativo, mas o termo Black Metal até hoje é interpretado de várias formas. Voltando ao disco, Black Metal foi lançado em 1982, uma época que o Metal Extremo engatinhava, tendo no próprio Venom um de seus pioneiros. Existiam bandas com som muito pesado pros padrões da época, como Motorhead e Judas Priest, por exemplo. Porém, começo da década de 80, começa a surgir novas bandas com sonoridades cada vez mais inovadoras, com agressividade em maior escala e buscando transpor limites do que já havia, onde bandas começavam a usar recursos tecnológicos que os permitiam fazer isso, além de recursos de criatividade, como o uso de vocais guturais, novas distorções pra guitarras, uso de dois bumbos destruindo tudo que vinha pela frente, foi uma época onde muita coisa nova surgiu e, como exemplo de inovação, também estava o Venom. Mesclando o som tradicional de bandas da NWOBHM, que participavam do movimento na época, com o Thrash com pitadas de Punk do Motorhead, o estilo sombrio de bandas como Black Sabbath e a energia no palco de bandas como o Kiss, o Venom estava criando sua identidade, porém, devido ao sucesso do play, eles estava criando algo muito além da imaginação deles mesmos, estava por criar uma divisão do Metal, que mais tarde viria a ser intitulada com o nome do disco, daí a grande importância desse disco, que traz faixas de excelente criatividade e execução, como as brilhantes To Hell and Back, a faixa titulo (o próprio hino de invocação das forças do mal), a classicaça Countess Bathory e a não menos perfeita Leave me in Hell. E olha que músicas que citei são só algumas que mais se destacaram em meio a um disco recheado de clássicos. Black Metal é um disco histórico dentro do Metal, por sua genialidade, por sua importância e principalmente pela influência que esse disco gerou. Podem amar, podem odiar, mas poucos plays foram de tamanha influência para a posterioridade como Black Metal. Mais que um disco, uma marca obscura e demoníaca como a própria horda do inferno nas páginas do sagrado livro do Metal. Pode amá-lo, pode odiá-lo, mas você jamais apagará a importância desse disco. Clássico absoluto.

Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=o0_wes6bizs
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http://uloz.to/xwqmqyKp/venom-black-metal-1982-cronos67-rar

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 16/12/14 - JAGUAR

O SOM NOSSO DE CADA DIA (26)
JAGUAR (ENG)
“POWER GAMES” (1983)



Mais uma pérola da NWOBHM, a banda Jaguar lançou este que, na minha humilde opinião é um dos discos mais foda no Heavy Metal em todos os tempos, Power Games. Tudo bem que, após esse fantástico debut, a banda deu uma guinada no seu som com o play This Time (84) e logo após, em 1985 a banda encerra as atividades, voltando a ativa somente em 1998, tendo lançado mais alguns álbuns na seqüência. Mas, voltando ao Power Games, o Jaguar foi fundado em 1979 e só veio a lançar esse que é seu primeiro álbum em 1983. Antes disso tinha lançado duas demos, em 1980 e 1981 e dois singles, Back Street Woman (81) e Axe Crazy (82). Em 1983 veio essa maravilha, um som bem calcado na NWOBHM, com altas doses de velocidade, um Heavy/Speed impossível de não se gostar. Já começa com a destruição de Dutch Connection, passando pela também fodaça Out Of Luck e chegando a poderosa The Fox, clássica, um primor de música, rápida, pesada e pegajosa. A banda da uma reduzida, na velocidade, na qualidade nunca, e começa a  lindíssima Master Game, que mescla partes lentas e rápidas. Ai a pancadaria volta a comer solta em mais três excelentes petardos, No lies, Run for your life e Prisoner (outra já fadada a clássico). Mais uma vez a banda da uma respirada e solta mais uma música um pouco mais cadenciada, mas pouco mesmo, Ain´t no fantasy e o bixo pega denovo com Raw deal. E pra fechar mais uma de matar, a fudida Cold Heart. E, se você tem isso em CD deve estar se perguntando... Já acabou? Não tem mais 3 músicas? Sim, o CD ainda tem 3 bônus, incluindo o maior clássico da banda, Axe Crazy, além de Dirty Tricks e War Machine. Um disco muito fodaço, insuperável, nessa carreira inconstante dessa importante banda inglesa. Um play que você não se contenta em ouvir uma vez só, é deixar ele no repeat e deixa rolar... Obra prima é pouco. Clássico? O mundo ta cheio de clássicos... Fudido? Sim, mas tem muito som fudido por ai. Pode se dizer que esse play está entre os mais supremos do Metal, um nível muito superior a maior parte de tudo que existe. É daquelas audições que nos enchem de orgulho de defender a bandeira do Metal. Simplesmente top. A banda era formada por Garry Pepperd (guitarra), Jeff Cox (baixo), Chris Lovell (batera) e Paul Merell (vocal, que havia substituído Rob Reiss, que deixou a banda após o lançamento do single Back Street Woman.

Youtube:
Download (5 cds – de 1983 a 2006):


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 15/12/14 - TESTAMENT

O SOM NOSSO DE CADA DIA (25)
TESTAMENT (USA)
“SOULS OF BLACK” (1990)



Uma das bandas precussoras do movimento Thrash Metal que aconteceu no começo dos anos 80 nos Estados Unidos, ao lado de Slayer, Metallica, Exodus, entre outros, o Testament foi fundado em 1983, com o nome Legacy, pelos guitarristas Eric Peterson e Derrick Ramirez e pelo baterista Louie Clemente, logo vindo a completar o time o baixista Greg Christian e o vocalista Zetro Souza. Derrick logo saiu da banda e foi substituído pelo aluno de Joe Satriani, o virtuoso Alex Skolnic. Em 84 lançam uma demo, First strike is deadly. Logo após, em 1985, Zetro deixa a banda para juntar-se ao Exodus e em seu lugar entra Chuck Billy. Tava formado o line-up mais clássico da banda. Em 1987, devido a problemas legais, já que outra banda já usava o nome Legacy, resolvem mudar o nome para Testament. Fechado: a formação clássica + o nome clássico = discos clássicos do Metal. O primeiro petardo viria com o nome The Legacy (sim, eles gostavam mesmo do nome...), ainda neste mesmo ano. O segundo, The new order, viria um ano depois, com destaque para a clássica Disciples of the watch (inspirada no filme Colheita Maldita). Ambos os plays apresentam som pesado, sujo, cru, seco... bem característicos do Thrash Metal da Bay Area. A gravação destes não é um primor em qualidade, mas soar tosco (no bom sentido...) era lei.  Isso só começaria a mudar no terceiro disco, Practice what you preach, de 1989, já com uma produção mais caprichada, com melhores recursos para gravação, músicas mais limpas e o vocal idem. Era o caminho trilhado que os levaria ao seu disco mais perfeito, Souls of Black, de 1990. Sem deixar de lado as suas características, porém com um Thrash Metal mais embasado no Metal Tradicional. O disco todo é um primor, com musicas extremamente cativantes, como o caso da faixa titulo, as ótimas Malpractice, Abscence of light e Falling Fast, a balada The Legacy (ta ali o maldito nome denovo...) e, principalmente a faixa de abertura Beginning of the end/Face in the sky, matadora. Nesse ano a banda participa da mega turnê Clash of Titans, ao lado de Megadeth, Anthrax e Suicidal Tendencies. Após esse disco, lançaram ainda  The Ritual, em 1992, já sem Skolnick, que voltaria mais tarde e novamente sairia, quando chamado para integrar o Savatage. Em toda essa trajetória, o Testament sempre foi deixando seu som cada vez mais limpo, trampado e cada vez mais próximo do Tradicional, cada vez mais distante do Thrash dos primeiros discos. E a banda continuou, tentou recuperar sua sonoridade antiga, mudou e mudou denovo e por muitas vezes mudou também o line-up e a história é longa, muita coisa aconteceu de 92 pra cá... Na minha humilde opinião, Souls of Black é o melhor disco da banda, é o mais perfeito, onde parece que conseguiram alcançar sua melhor sonoridade, ou simplesmente, nos deram uma aula de Metal, Metal de altíssima qualidade. Um disco, no mínimo, memorável. Simplesmente, amo esse disco. Completa o play, além das citadas acima, as músicas: Love to hate, One mans fate e seven days of may, também excelentes faixas. Excelente disco. Excelente banda. Excelência pura.
  
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Youtube: (sem a intro)

O SOM NOSSO DE CADA DIA 14/12/14 - PHANTOM

O SOM NOSSO DE CADA DIA (24)
PHANTOM (USA)
“DEAD OR ALIVE” (1987)



Excelente banda de Power Metal oitentista, a Phantom foi fundada em NY, em 1985. Lançou apenas 3 álbuns, ou melhor, 3 excelentíssimos álbuns, além de uma coletânea, e depois, desapareceu do mapa. E nesse texto o alvo é o debut, Dead or Alive, de 1987. Esse é um disco daqueles que você escuta e logo vem aquela frase clássica na mente: “Pô, como que uma banda dessas não fez sucesso?” Pois é, potencial tinham de sobra. A parte instrumental não foge muito do Metal oitentista norte americano, porém é bem executado, as músicas são compostas com muita criatividade e soam totalmente naturais. O grande destaque é o vocal brilhante de Falcon Eddie, com suas variações que vão das notas médias à altas com muita desenvoltura e precisão, principalmente quando o referido animal resolve usar seus agudos de forma gritada. Muito bom mesmo. A banda era composta, além de Falcon, por Neil Santell (guitarra), Chris Romanelli (baixo) e Michael Candia (batera). As músicas, tem ingredientes do mais puro Heavy Tradicional, levado a altas doses de peso, típicas do Power Metal da época, algumas músicas um pouco mais retas e cadenciadas, outras bem speed. O disco todo é ótimo, mas o destaque, claro, vai pra faixa título, a grande música da banda, não só do disco. Em 1991 a banda lançaria o play Phantom, já com outro baixista, Charley Buckland e outro batera, John Bellon. Outro excelente disco. Pra fechar a trilogia, o fudidaço Cyberchrist é lançado em 1993, restando nesse apenas Falcon da formação do primeiro play e Buckland da formação do segundo play, completando a banda os guitarristas Anthony Bramante e Fate Taylor e o batera Tonny Borsellega. Cyberchrist já apresenta um Phantom muito mais agressivo, com musicas extremamente rápidas e com uma energia esbanjante. Em 2000 é lançada uma coletânea, The best of the rest, que na verdade é um cd duplo contendo os 3 álbuns na integra, lançado na época a preço mais acessível (2cds pelo preço de 1). Voltando ao Dead or Alive, além da citada faixa título, o play é composto pelas faixas Under the gun, Punish the sinners, The stand, Black window, Take me down slow, Dead of night e Turbocharged. Um album clássico do Metal estadunidense da década de 80, mais um item essencial na coleção de qualquer headbanger. Altamente recomendado.

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sábado, 13 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 13/12/14 - DIO


O SOM NOSSO DE CADA DIA (23)
DIO (USA)
HOLY DIVER (1983)



O que posso dizer do monstro sagrado do Metal, o vocalista Ronnie James Dio? Só elogios, com certeza... mas, esse cara já foi tanto elogiado que nem sobrou muito para dizer. Infelizmente, não tá mais entre nós, mas seu legado será eterno. Após ter participado de várias bandas entre os anos 60 e começo dos 70, onde a mais conhecida delas é o ELF, Ronnie juntou-se ao guitarrista Ritchie Blackmore, em sua empreitada pós Deep Purple e consolidou de vez seu nome na história com a banda Rainbow, onde gravou vários discos, mas com certeza foi em Long Live Rock and Roll que isso ficou mais evidente, devido ao grande sucesso que o álbum fez e faz até hoje. Após, participou do Black Sabbath, substituindo a lenda Ozzy Osbourne, onde gravou, entre outros, o clássico Heaven and Hell. Após sua saída do Sabbath, resolveu montar sua própria banda e intitulou simplesmente como DIO. Aí, começou a lançar petardos clássicos do mais puro Heavy Metal e consagrou-se de vez como uma das maiores, senão a maior, vozes do estilo. Em seu primeiro disco, Ronnie juntou uma trupe de feras, instrumentistas de responsa, algo muito bom mesmo, o que era necessário, para fazer jus ao vocalista que a banda tinha. Apesar de ter feito ótimo trabalho por onde passou, Ronnie, na minha opinião, fez o que fez de melhor na banda DIO. Não sei se é pelo fato de no Rainbow ter que seguir os conceitos pré estabelecidos pelo poderoso chefão Blackmore e o mesmo no Sabbath, nas mãos de Iommi, duas figuras que, dizem as más línguas, não é fácil trampar com eles. Na banda DIO, Ronnie era o poderoso chefão, tudo era moldado por ele e para o vocal dele, e essa liberdade fez com que tudo soasse muito mais natural. Nesse primeiro lançamento, Holy Diver, podemos comprovar isso. Um disco fenomenal, clássico supremo do Heavy Metal, sem dúvidas. Ao lado do guitarrista que fora uma achado nas garimpagens pelo Mestre do Metal, o excelente e então jovem promessa das seis cordas, Vivian Campbell, do baixista Jimmy Bain e do batera Vinny Appice, Ronnie tinha formado uma banda de respeito, era hora de por em pratica e fazer isso funcionar, e funcionou perfeitamente. Fazendo um Metal tradicional, com acréscimo de teclados (muito bem usados e na hora certa) a cargo do próprio Ronnie e por vezes também do baixista, apresentava ao mundo algo diferente do que havia feito nas outras bandas. Holy Diver é um disco de ouro do Metal oitentista, desfilando clássicos como as foderosas Stand up and shout e Straight through the heart, a épica faixa titulo, a linda Dont talk to strangers e o maior sucesso da banda, indiscutivelmente, Rainbow in the Dark. Não tenho muito a dizer quanto a esse disco, sou suspeito para falar, gosto tanto dele que se eu não me policiar vou ficar o dia todo aqui elogiando. Um lançamento histórico no Metal e era só o começo, viria muita coisa boa depois... mas ai é outra história, ou, várias histórias, ou seja, esse cara, merece muito mais que uma simples e humilde resenha feita por um fanzaço do seu trabalho... um livro seria pouco, no mínimo uma enciclopédia. Descanse em paz, Mestre. Com certeza, onde você estiver, tem pessoas que essas horas devem estar maravilhados com sua incrível voz. Muito obrigado mesmo, em nome de nós, verdadeiros bangers, por ter existido. Não costumo usar o nome dos outros, não é meu feitio, uso o meu e pronto, mas nesse caso, tive que abrir uma exceção, pois acho que é unanimidade. Ou estou errado? Alguém discorda? Mestre... Mestre.... mil vezes Mestre!!!

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 12/12/14 - SAXON

O SOM NOSSO DE CADA DIA (22)
SAXON (ENG)
“DENIM & LEATHER” (1981)



Apesar de ter surgido um pouco antes da explosão do movimento, inegavelmente, o Saxon foi uma das bandas que encabeçaram a New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM), que aconteceu entre o final da década de 70 e começo da década de 80.

Formada em 1970, com o nome Blue Condition, teve o seu nome alterado para a sigla SOB, em 1976 e em 1977 finalmente adotam o significado da sigla como nome, ou seja, Son of a Bitch (Filho da Puta). Porém, insatisfeitos, resolvem mudar novamente o nome no ano seguinte, enfim nascia a marca Saxon. Ao lado de Judas Priest, Motorhead e Iron Maiden, foi um dos grandes nomes do movimento que surgiu numa época em que o Metal estava em baixa no Reino Unido, invadido pelo movimento Punk. Neste mesmo ano de 1978 a banda lança sua primeira demo, intitulada como Demo’78, com apenas 3 músicas. Pouco, mas já dava pra ter dimensão do que viria pela frente. Em 1979 lançam dois singles, Backs to the wall e Big Teaser e, na sequência, o primeiro album, Saxon. No ano seguinte participam da primeira edição do Monsters of Rock, o que lhe rendeu uma participação no álbum do festival. Também lançaram vários outros singles, um deles o split com a banda Ottawan. Ainda em 1980, lançam mais dois álbuns, clássicos supremos do Heavy Metal, Wheels of Steel e Strong Arm of the Law. Mais alguns singles no ano seguinte e chegamos ao espetacular Denim & Leather. Com o passar dos anos a banda foi evoluindo e moldando seu som, mas foi em Denim & Leather que parece a banda ter achado a química perfeita, um Heavy Metal tradicional ao extremo da expressão. Faixas como And the Bands played on, Fire in the sky, Denim and Leather e Never Surrender já tornaram se clássicos imediatos da banda, e olha que as que não citei são nada mais que Midnight Rider, Play it Loud, Out of Control e Rough and Ready, só musicaços, também dignos de tal mérito. Mas ainda tem mais, claro, não poderia jamais esquecer dela, apenas deixei-a por último para fechar com Chave do Mais Sagrado Metal, o clássico insuperável da banda, Princess of the Night, uma música indispensável em qualquer coletânea, live ou mesmo show da banda. Se você for num show do Saxon e não tocarem Princess of the Night (eu fui e tocaram, não tenho do que reclamar, e pra minha maior satisfação, fui eu quem comecei os gritos pedindo por ela...mas isso é outra história...), pode exigir seu dinheiro de volta... Se não devolverem, vá ao Ministério Público do Heavy Metal mais próximo de sua casa e reclame... Bom, brincadeiras a parte, pode-se considerar o clássico dos clássicos da banda. Após isso, lançaram o grandioso ao vivo The Eagle Has Landed e, bom, a história é longa. Se esse som parecia ser o Saxon em mais puro estado de perfeição, a banda não limitou-se a ficar na sonoridade adquirida em Denim & Leather. Foram sempre uma banda que variou as linhas de seu Heavy fucking Metal. Se você pegar 5 discos para ouvir, por exemplo, Saxon, Denim & Leather, Destiny, Dogs of War e Unleashed the Beast, você irá perceber 5 estilos de Metal dentro da mesma banda. Nunca se limitaram em ficar na mesmice, Saxon sempre foi uma banda que desfilou por várias linhagens do Metal, porém sem nunca deixar de ser Saxon. E, ser Saxon, significa, ser Metal, ser verdadeiro, ser o mais genuíno e original possível, ser o que eles sabem ser com perfeição, uma das maiores referências do Metal em todos os tempos. E olha que nem citei obras como Crusader, Forever Free, Metalhead, Power and the Glory e...a lista é extensa e a conversa é longa. Pra finalizar e só pra constar, o line-up de Denim & Leather é composto por Paul Biff Byford (v), Graham Oliver e Paul Quinn (g), Steve Dawson (b) e Pete Gill (d). Resumindo: Saxon é um nome de muito, mas muito respeito mesmo. Você pode até não gostar da banda, mas no mínimo deve respeitar. Caso contrário, merece ser torturado até a morte e queimar no fogo do inferno... no mínimo.

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http://uloz.to/xxDEkWvo/saxon-1981-denim-and-leather-by-quilombero-rar
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https://www.youtube.com/watch?v=6Lyd4-6h_pA

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 11/12/14 - ACCEPT

O SOM NOSSO DE CADA DIA (21)
ACCEPT (GER)
"RESTLESS AND WILD" (1982)



Falar que a Alemanha sempre foi um dos maiores celeiros de bandas é chover no molhado. De lá saíram bandas entre as melhores do mundo, como Running Wild, Grave Digger, Sodom, Scorpions, Sinner, Trance, Abraxas e trocentas outras, dentre elas uma das mais reconhecidas e fonte de inspiração para muitas bandas que vieram depois, o poderoso Accept. A história começa em 1968, quando o vocalista Udo Dirkschneider e o guitarrista e renomado produtor Michael Wagener montaram a banda Band X. Em 1976, já com outros músicos e sem Wagener, Udo resolve seguir a trajetória, adotando o referido nome, assim nascia o Accept. Além de Udo, estavam na banda os guitarristas Wolf Hoffmann e Gerhard Wahl, Peter Baltes no baixo e Frank Friedrich na batera. Em 1979 sai o primeiro disco da banda, auto intitulado, já com Jorg Fisher na guitarra, substituindo Wahl. Já no segundo play, I´m a rebel, de 1980, Stefan Kaufmann assume as baquetas e tava formado o mais clássico line-up da banda. No ano seguinte mais um disco monstruoso, Breaker, recheado de clássicos absolutos. Enfim, chegamos no referido play da resenha, Restless and Wild, um dos melhores plays da banda e de toda a história do Heavy Metal. Com seu Heavy Tradicional de excelente qualidade, o Accept estava se firmando cada vez mais no cenário como um dos grandes nomes do movimento. Já começa com a foderosa Fast as a Shark, fast mesmo, a banda resolveu brincar com a velocidade. Com uma levada bem speed, essa música já chegou para destruir tudo que viesse pela frente. Em oposto a isso, a lentona e viajante Princess of the Dawn fecha com todos os méritos o play. E entre elas? Bom, entre a primeira e a última, um punhado de mega clássicos da banda, um Metal tradicional de encher os olhos... ou seriam os ouvidos? Restless and Wild, Ahead of the pack, Shake your heads, Neon nights, Get Ready, Demons night, Flash Rockin’Man, e a linda Don´t go stealing my soul away completam a obra. Dificil destacar alguma. Mais dificil ainda é deixar outra sem destaque, então prefiro destacar o disco com um todo, realmente uma dos maiores feitos no mundo metálico. Referência e influência pra a posterioridade, clássico demais. Tão clássico que me faltam palavras que nunca foram ditas pra descrever isso, então fico por aqui, pois, chega de escrever. É hora de bater cabeça na parede ouvindo essa desgraceira. Obrigado, seus alemães loucos, por nos presentearem com essa maravilha.

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 10/12/2014 - STORMWITCH

O SOM NOSSO DE CADA DIA (20)
STORMWITCH (GER)
“WALPURGIS NIGHT” (1984)



Formada em 1979, na Alemanha, com o nome de Lemon Sylvan, o Stormwitch adotou o atual nome em 1981 (melhor, né?). Falar em Stormwitch é falar em Andy Mück (que na banda usa o codinome Andy Aldrian), o único membro presente em todas as formações. A banda durou até 1994, encerrando as atividades. Voltou, reformulada,  em 2002 e segue na ativa até os dias de hoje. Dentre essa trajetória, a banda lançou vários plays, mudou várias vezes o line-up, teve também sua sonoridade modificada, mas tudo isso sem deixar de ser uma banda de alta qualidade. Porém, sua fase áurea se deu na década de 80, quando lançou os discos Tales of Terror (85), Stronger than Heaven (86), The Beast and the Beast (87) e Eye of the Storm (89), além desse que é matéria desta resenha, o debut Walpurgis Night, de 84, a obra prima da banda. Nesta fase eles faziam um Metal bem tradicionalzão, com Andy esbanjando talento com seu vocal agudo, guitarras típicas de bandas da linhagem e cozinha muito eficiente, além de um dom extraordinário de criatividade para suas composições. O line-up desse play era composto por Aldrian, Lee Tarot (guitarra – falecido ano passado), Steve Merchant (guitarra), Ronny Pearson (baixo) e Peter Lancer (batera). O play é um clássico absoluto do Metal oitentista e já começa com Andy invocando a galera com a simples pergunta: Are You Ready????(Você está Pronto????) e, após breve introdução, começa Cave of Steenfoll, logo de cara um dos clássicos com seus riffs do mais puro Heavy Tradicional e o vocal de Andy dando seu cartão de visita. Logo vem a segunda música, o grande clássico da banda, Priest of Evil, com seus refrões marcantes e mais uma vez o vocal apavorando. Mais duas excelentes músicas, a cadenciadona Skull and crossbones e a pesadona Werewolf on the hunt fecham o lado A do play. O lado B começa com outro clássicaço, a faixa titulo, música das mais empolgantes, impossível não (tentar ao menos) cantar junto, excelente faixa. Seguem com Flour in the wind e Warlord, outras belezuras e vem logo após a instrumental Excalibur, uma musica bem viajante, onde a banda esbanja talento nos instrumentos. Para fechar, não só o disco, mas a trinca de melhores músicas da banda (ao lado de Priest of Evil e Walpurgis Night), na minha opinião, vem a foderaça (palavra nova???) Thunderland, essa sim, pra fechar com chave de ouro. Um disco que você pode amar, ou pode odiar, mas no mínimo merece ser ouvido, pois é uma obra de arte como poucas. Merece a nota mais alta, seja ela qual for. Simplesmente, uma pérola do Metal germânico.

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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O SOM NOSSO DE CADA DIA 09/12/14 - OMEN

O SOM NOSSO DE CADA DIA (19)
OMEN (USA)
"BATTLE CRY" (1984)



Formada em 1983, pelo guitarrista Kenny Powell, após sua saida da banda Savage Grace,o Omen é uma das maiores referências do Power Metal oitentista nos Estados Unidos. Teve no período de 1983 a 1987 a sua formação mais clássica, com Kenny na guitarra, Jody Henry no baixo, Steve Wittig (também vindo do Savage Grace) na batera e o fantástico vocalista JD Kimball, falecido em 2003.

Sua primeira aparição foi na coletânea Metal Massacre 4, com a música Torture me. Logo em seguida lançam esse debut, Battle Cry, uma obra prima do Metal, pesado, rápido e agressivo, um som tocado com uma garra enorme, daqueles discos que você sente a energia pura do Metal que eles estão mandando. Já no segundo e também maravilhoso Warning of Danger, de 1985, a banda pisa um pouquinho no freio no que se diz respeito a velocidade, mas muito pouco mesmo, mas tem sua sonoridade um pouco mais calcada no Heavy Tradicional. Ainda, com essa formação clássica, lançam mais uma obra prima, em 1986, o lp The Curse e pra fechar essa fase maravilhosa, o Ep Nightmares, em 1987. Em 1988, Coburn Pharr assume os vocais, faz um excelente trabalho, mas sem o mesmo brilho e carisma de Kimball. Logo após, a banda encerra suas atividades, voltando mais tarde, em 1996, já com outra formação. A banda sempre foi respeitada e nunca deixou a peteca cair, mas inegavelmente, teve nos anos 80 a sua fase áurea. Voltando ao Battle Cry, é um disco clássico, uma aula de como se fazer Metal. Começa já com a Death Rider, um dos grandes sucessos da banda, dando as boas vindas em grande estilo.  A diabólica introdução anuncia a chegada do lenhador assassino, e mais um clássico rodando, The Axeman, uma das melhores músicas da banda. Seguem com as também excelentes Last Rites, Dragon´s Breath (outro classicaço...) e fecham o lado A do bolachão com a empolgante Be my Wench. O som estridente da guitarra do inferno proclama que um dos maiores clássicos da banda vem para destruir tudo pela frente, e a faixa a que me refiro, Battle Cry, é realmente destruidora. Nessa música a banda esbanja energia metálica no talo, é impossível não se contagiar. E assim segue o lado B com mais três excelentes petardos, Die by the blade, Prince of darkness e Bring out the beast (fodaça!). Para fechar o disco, outro clássico, a linda música In the Arena, que começa lentinha, arrastada e logo o bixo pega, essa é daquelas músicas que arrepiam, quem conhece sabe do que eu estou falando. Resumindo, um disco muito, muito, muito,muito, mas muito foda mesmo. Se a palavra INDISPENSÀVEL existe no Metal, esse play faz jus a ela. March on Metal Warrior!!!

YOUTUBE:
https://www.youtube.com/watch?v=1sQFIcQL99w
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