O SOM NOSSO DE CADA DIA (25)
TESTAMENT (USA)
“SOULS OF
BLACK” (1990)

Uma das bandas precussoras do movimento Thrash Metal que
aconteceu no começo dos anos 80 nos Estados Unidos, ao lado de Slayer,
Metallica, Exodus, entre outros, o Testament foi fundado em 1983, com o nome
Legacy, pelos guitarristas Eric Peterson e Derrick Ramirez e pelo baterista
Louie Clemente, logo vindo a completar o time o baixista Greg Christian e o
vocalista Zetro Souza. Derrick logo saiu da banda e foi substituído pelo aluno
de Joe Satriani, o virtuoso Alex Skolnic. Em 84 lançam uma demo, First strike
is deadly. Logo após, em 1985, Zetro deixa a banda para juntar-se ao Exodus e
em seu lugar entra Chuck Billy. Tava formado o line-up mais clássico da banda.
Em 1987, devido a problemas legais, já que outra banda já usava o nome Legacy,
resolvem mudar o nome para Testament. Fechado: a formação clássica + o nome
clássico = discos clássicos do Metal. O primeiro petardo viria com o nome The
Legacy (sim, eles gostavam mesmo do nome...), ainda neste mesmo ano. O segundo,
The new order, viria um ano depois, com destaque para a clássica Disciples of the watch (inspirada no filme Colheita Maldita). Ambos os plays apresentam som pesado, sujo,
cru, seco... bem característicos do Thrash Metal da Bay Area. A gravação destes
não é um primor em qualidade, mas soar tosco (no bom sentido...) era lei. Isso só começaria a mudar no terceiro disco,
Practice what you preach, de 1989, já com uma produção mais caprichada, com
melhores recursos para gravação, músicas mais limpas e o vocal idem. Era o
caminho trilhado que os levaria ao seu disco mais perfeito, Souls of Black, de
1990. Sem deixar de lado as suas características, porém com um Thrash Metal
mais embasado no Metal Tradicional. O disco todo é um primor, com musicas
extremamente cativantes, como o caso da faixa titulo, as ótimas Malpractice,
Abscence of light e Falling Fast, a balada The Legacy (ta ali o maldito nome
denovo...) e, principalmente a faixa de abertura Beginning of the end/Face in
the sky, matadora. Nesse ano a banda participa da mega turnê Clash of Titans,
ao lado de Megadeth, Anthrax e Suicidal Tendencies. Após esse disco, lançaram
ainda The Ritual, em 1992, já sem
Skolnick, que voltaria mais tarde e novamente sairia, quando chamado para
integrar o Savatage. Em toda essa trajetória, o Testament sempre foi deixando
seu som cada vez mais limpo, trampado e cada vez mais próximo do Tradicional,
cada vez mais distante do Thrash dos primeiros discos. E a banda continuou,
tentou recuperar sua sonoridade antiga, mudou e mudou denovo e por muitas vezes
mudou também o line-up e a história é longa, muita coisa aconteceu de 92 pra
cá... Na minha humilde opinião, Souls of Black é o melhor disco da banda, é o
mais perfeito, onde parece que conseguiram alcançar sua melhor sonoridade, ou
simplesmente, nos deram uma aula de Metal, Metal de altíssima qualidade. Um
disco, no mínimo, memorável. Simplesmente, amo esse disco. Completa o play,
além das citadas acima, as músicas: Love to hate, One mans fate e seven days of
may, também excelentes faixas. Excelente disco. Excelente banda. Excelência
pura.
Download:
Youtube: (sem a intro)
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