O SOM NOSSO DE CADA DIA (14)
MERCYFUL FATE (DEN)
"IN THE SHADOWS" (1993)
Apagam-se as luzes, penumbra ao efeito de velas negras
postas sobre o altar, estende-se o tapete vermelho de sangue... enfim, abrem-se
as portas do inferno, seu mestre está chegando. Sim, é dele mesmo que estou
falando, o vocalista Kim Bendix
Petersen, o Rei das trevas, o Mestre da escuridão, a própria besta em forma
humana... Você deve estar se perguntando: “quem diabos é Kim Bendix Petersen?”,
então lhe digo, é o icone do Heavy Metal satânico que você conhece simplesmente
por King Diamond. Pois esse respeitável senhor tem uma carreira invejável
diante de suas bandas, Mercyful Fate e a banda solo, King Diamond. Ao lado do
guitarrista Hank Shermann, King formou o Mercyful Fate em 1981, em Copenhagen,
Dinamarca. Após algumas demos e várias mudanças no line-up, a banda se
estabilizou com a mais clássica das formações, com Michael Denner (guitarra),
Timi Hansen (baixo) e Kim Ruzz (batera), além de King e Shermann. Com essa
formação a banda lança o EP auto intitulado, que também ficou conhecido por
“Nuns Have no Fun”, em 1982, além de 2 plays dos mais clássicos da história do
Metal, “Melissa” e “Don´t break the Oath” (1983 e 1984, respectivamente). Em 1985 a banda termina e King
parte para carreira solo, formando a King Diamond band. Logo nasceria mais um
clássico do Mestre, o debut “Fatal
Portrait”, com um time de peso dentro do cenário do Metal. Além dos
companheiros de MF, Timi e Michael, a banda contava com mais dois monstros
sagrados, o guitarrista Andy LaRocque e o batera Mickey Dee. Seguiram com
“Abigail” (considerado por muitos o melhor disco da banda), em 1987, ano em que
também é lançado a coletânea do MF chamada “The Beginning”, que nada mais é do
que o EP de 1982 e algumas faixas bônus. Vieram então os plays “Them”,
“Conspiracy” e “The Eye”, mais três obras clássicas. Nesse período foram
lançados também vários singles e coletâneas (com destaque para o EP “Dark
Sides”) e um álbum ao vivo chamado “In concert 1987: Abigail”. Em 1992 é
lançada a coletânea split de ambas as bandas, intitulado “A Dangerous Meeting”.
Nessa década de estrada, King foi evoluindo, ganhando experiência, fazendo
parcerias com músicos fantásticos e tudo isso serviria para que ele tivesse
base para criação daquela que, na minha humilde opinião, viria a ser sua maior
obra-prima, o disco de retorno do Mercyful Fate, o inigualável “In the Shadows”,
lançado em 1993. A
idéia do retorno se deu após King ouvir algumas novas composições feitas por
Michael Denner. Então recrutaram os integrantes da formação clássica da banda,
exceto o baterista Ruzz, que segundo diziam na época, tinha abandonado a música
e estaria trabalhando como carteiro na Dinamarca, porém, há quem diga que o
problema era o relacionamento conturbado deste com Michael e King. Então, isso feito, o Mercyful Fate mostrava ao
mundo que ainda tinha muita lenha pra queimar. “ In the Shadows” é um disco
maravilhoso, com os músicos tocando como nunca e apavorando como sempre. Ao
lado do ótimo baterista Morten Nielsen (que participou das gravações do disco,
porém saiu antes de começar a turnê, devido a um problema no joelho, sendo
substituído pelo também ótimo batera, Snowy Shawn), King e sua turma estavam
provando pro mundo que sim, era possível o velho e fantástico Mercyful Fate
encantar os fãs e reviver os dias de glória da década passada. Outro detalhe é
a qualidade da gravação do play, excelente, nota 10 com louvor. O disco todo é
incrível, impossível destacar alguma, é uma obra prima do começo ao fim. O play
ainda conta com uma participação especial, o também dinamarquês Lars Ulrich,
baterista do Metallica e fã assumido da banda desde o inicio, na regravação do
clássico Return of the Vampire. Um disco maravilhoso, um retorno incrível de
uma lenda do Heavy Metal, qualquer nota máxima é bem vinda para esse play.
Faixas: EGYPT – THE BELL
Line up:
KING DIAMOND (V) MICHAEL DENNER (G) HANK SHERMANN (G) TIMI HANSEN (B) MORTEN
NIELSEN (D).
Long Live
to the Evil Kings!!! ou então….længe leve til de onde konger!!!
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