O SOM NOSSO DE CADA DIA (23)
DIO (USA)
HOLY DIVER (1983)

O que posso dizer do monstro sagrado do Metal, o vocalista
Ronnie James Dio? Só elogios, com certeza... mas, esse cara já foi tanto
elogiado que nem sobrou muito para dizer. Infelizmente, não tá mais entre nós,
mas seu legado será eterno. Após ter participado de várias bandas entre os anos
60 e começo dos 70, onde a mais conhecida delas é o ELF, Ronnie juntou-se ao
guitarrista Ritchie Blackmore, em sua empreitada pós Deep Purple e consolidou
de vez seu nome na história com a banda Rainbow, onde gravou vários discos, mas
com certeza foi em Long Live Rock
and Roll que isso ficou mais evidente, devido ao grande sucesso que o álbum fez
e faz até hoje. Após, participou do Black Sabbath, substituindo a lenda Ozzy
Osbourne, onde gravou, entre outros, o clássico Heaven and Hell. Após sua saída
do Sabbath, resolveu montar sua própria banda e intitulou simplesmente como
DIO. Aí, começou a lançar petardos clássicos do mais puro Heavy Metal e
consagrou-se de vez como uma das maiores, senão a maior, vozes do estilo. Em
seu primeiro disco, Ronnie juntou uma trupe de feras, instrumentistas de
responsa, algo muito bom mesmo, o que era necessário, para fazer jus ao
vocalista que a banda tinha. Apesar de ter feito ótimo trabalho por onde
passou, Ronnie, na minha opinião, fez o que fez de melhor na banda DIO. Não sei
se é pelo fato de no Rainbow ter que seguir os conceitos pré estabelecidos pelo
poderoso chefão Blackmore e o mesmo no Sabbath, nas mãos de Iommi, duas figuras
que, dizem as más línguas, não é fácil trampar com eles. Na banda DIO, Ronnie
era o poderoso chefão, tudo era moldado por ele e para o vocal dele, e essa
liberdade fez com que tudo soasse muito mais natural. Nesse primeiro
lançamento, Holy Diver, podemos comprovar isso. Um disco fenomenal, clássico
supremo do Heavy Metal, sem dúvidas. Ao lado do guitarrista que fora uma achado
nas garimpagens pelo Mestre do Metal, o excelente e então jovem promessa das
seis cordas, Vivian Campbell, do baixista Jimmy Bain e do batera Vinny Appice,
Ronnie tinha formado uma banda de respeito, era hora de por em pratica e fazer
isso funcionar, e funcionou perfeitamente. Fazendo um Metal tradicional, com
acréscimo de teclados (muito bem usados e na hora certa) a cargo do próprio
Ronnie e por vezes também do baixista, apresentava ao mundo algo diferente do
que havia feito nas outras bandas. Holy Diver é um disco de ouro do Metal
oitentista, desfilando clássicos como as foderosas Stand up and shout e
Straight through the heart, a épica faixa titulo, a linda Dont talk to
strangers e o maior sucesso da banda, indiscutivelmente, Rainbow in the Dark.
Não tenho muito a dizer quanto a esse disco, sou suspeito para falar, gosto
tanto dele que se eu não me policiar vou ficar o dia todo aqui elogiando. Um
lançamento histórico no Metal e era só o começo, viria muita coisa boa
depois... mas ai é outra história, ou, várias histórias, ou seja, esse cara,
merece muito mais que uma simples e humilde resenha feita por um fanzaço do seu
trabalho... um livro seria pouco, no mínimo uma enciclopédia. Descanse em paz,
Mestre. Com certeza, onde você estiver, tem pessoas que essas horas devem estar
maravilhados com sua incrível voz. Muito obrigado mesmo, em nome de nós,
verdadeiros bangers, por ter existido. Não costumo usar o nome dos outros, não
é meu feitio, uso o meu e pronto, mas nesse caso, tive que abrir uma exceção, pois
acho que é unanimidade. Ou estou errado? Alguém discorda? Mestre... Mestre....
mil vezes Mestre!!!
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